História

por Interlegis — última modificação 24/01/2019 12h30

HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

 

Em meados do século XVIII, havia duas maneiras para se viajar de Iguape para Xiririca (Eldorado), nenhuma das quais muito confortáveis: subir a Ribeira de Iguape (que ainda não era apelidada de Rio), em frágeis canoas ou batelões impelidos a vara, ou atravessar, a pé ou em lombo de burro, as ínvias picadas do sertão.

A viagem durava dias. E por isso, havia as pousadas, os pontos de pouso onde os viajantes passavam as noites intermediárias, dormindo mal e descansando pouco. O primeiro desses pontos de parada sequer tinha nome. Situava-se às margens dos rios Pariquera-Açu e Turvo, em aprazível planície, e era conhecida apenas como "Pousada".

Na planície, destacavam-se entre outras árvores, pela abundância e pela graciosidade do porte as "Guaricanas", palmeiras nativas de grande beleza. E então, quando as primeiras casas surgiram junto à pousada, a aldeiazinha ganhou o nome de Guaricana. Muitos anos se passaram sem trazer maiores modificações à tranqüilidade de Guaricana, que continuava a oferecer pousada aos viajantes que transitavam entre Xiririca (Eldorado) e Iguape.

Quase um século depois, por volta de 1860, a Presidência da Província de São Paulo, atendendo a um projeto de melhoria agrícola do território, decidiu criar vários núcleos coloniais, doando terras àqueles que se mostrassem dispostos a cultivá-las. Entre esses núcleos, um, destinado a radicar exclusivamente os imigrantes europeus que começavam a chegar ao Brasil, foi locado exatamente nas proximidades de Guaricana, recebendo o nome de Colônia de Pariquera-Açu ( ou Assú, na grafia da época), tirada do rio que a banhava.

Passaram-se mais trinta anos antes que o plano passasse do papel para a realidade. Os imigrantes continuavam a desembarcar no Brasil, conduzidos por uma estrela guia: a esperança de vir a possuir um pedaço de terra boa e fértil, de onde arrancar o sustento de suas famílias e a promessa de um futuro melhor. Mas foi só em 1895 que poloneses, italianos, húngaros, suíços, e alemães começaram a apontar na nova colônia e a desenvolver ali suas pequenas e ordenadas lavouras. Os títulos de propriedade demoraram ainda mais: os primeiros só foram distribuídos em 1909, catorze anos depois da chegada dos primeiros colonos.

Apesar das dificuldades de acesso e de escoamento da produção, onde se destacava o arroz, o pequeno núcleo colonial desenvolveu-se com facilidade, sem jamais perder suas características de comunidade agrícola por excelência. Daí provém a diferença fundamental entre Pariquera-Açu e os demais municípios do Vale do Ribeira: a cidade quase não tem problemas fundiários ou terras improdutivas.

O desenvolvimento da colônia levou à criação, pelo decreto nº 6.959, de 11 de fevereiro de 1935 do Distrito de Paz de Pariquera-Açu, subordinado ao Município de Jacupiranga. Mais tarde, a 30 de dezembro de 1953 a Lei nº 2.956, acrescendo ao território do distrito áreas desmembradas de Iguape, Registro e Jacupiranga, criou o Município de Pariquera-Açu, que contava então com 356 Km².

Atualmente o Município de Pariquera-Açu possui uma extensão territorial de 359,414 Km², fazendo divisa com Cananéia, Registro, Iguape e Jacupiranga. Pariquera-Açu tem uma altitude média de 26 metros acima do nível do mar é atravessada pelos rios Pariquera-Açu, Pariquera Mirim Jacupiranga e outros cursos de água de menor importância. A população oficial segundo dados do censo do IBGE, do ano de 2010, apresentou um total de 18.446 habitantes.

Distante 230 Km de São Paulo, tem 6 Km da rodovia federal Régis Bittencourt (BR-116) dentro de seus limites, sendo esta estrada sua principal via de acesso às metrópoles paulistana e curitibana. Conta também com as estradas estaduais SP-226 para Cananéia e a SP-222 para Iguape, e várias municipais.

Até sua elevação a Município, Pariquera-Açu pertencia ainda como Jacupiranga à comarca de Cananéia. Posteriormente, com a extinção desta e a criação da comarca de Jacupiranga, passou a integrar esta última, juntamente com Cananéia e o município-sede. Criado pela Lei nº 2456 em 30 de dezembro de 1953, e instalado em janeiro de 1954, só a primeiro de janeiro de 1955 o Município viu empossado seu primeiro prefeito: Ivo Zanella, que lhe dirigiu os destinos até 1958. E o primeiro Presidente da Câmara Municipal: Cícero Zanella (1955/1956).

 

Origem do nome Pariquera-Açu

 

Pariquera, em tupi guarani, significa em nosso idioma, segundo Teodoro Sampaio, "cercado velho". Outros tupinólogos traduzem Pariquera-Açu por "cercado de peixe grande". Deve-se originar-se de Pary.


Presidentes da Câmara Municipal de Pariquera-Açu


   Presidente                                                     ano

CÍCERO ZANELLA                                      1955/1956

ABÍLIO PRÉVIDE                                         1957/1958

GENTIL DE RAMOS                                    1959/1960 e 1961/1962

IVO ZANELLA                                              janeiro a março/1963

ALCIDES TOGNETTI                                   março a dezembro/1963

IVO ZANELLA                                              janeiro a junho/ 1964

RUI BATISTA                                                julho a setembro/1964

IVO ZANELLA                                              outubro a dezembro/1964

RUI BATISTA                                               1965/1966

AUGUSTO SILVA                                        1967

FRANCISCO ELOY DINIZ                           janeiro a outubro/1968

ANTÔNIO DE LIMA NETO                          outubro a novembro/1968

FRANCISCO ELOY DINIZ                           novembro a dezembro/1968 – janeiro a junho/1969

AUGUSTO SILVA                                         junho a dezembro/1969

MARIA EVARISTA SIMONETTI                  1970/1971

AUGUSTO SILVA                                        1972

VERA FORNARI JULIANO                         janeiro a abril/1973

OSVALDO CAMPOS VIEIRA                      abril a dezembro/1973 e 1974

RUI BATISTA                                              1975/1976

IVO ZANELLA JÚNIOR                              1977/1978

RUI BATISTA                                              1979/1980

JOSÉ ALBERTO MAZZA                           1981/1982

ZILDO WACH                                              1983/1984

IVO ZANELLA JÚNIOR                              1985/1986

ZILDO WACH                                              1987/1988

FRANCISCO ANGELO ALVARENGA         janeiro a fevereiro/1989

ZILDO WACH                                               fevereiro a dezembro/1989 – janeiro a agosto/1990

RUI BATISTA                                                agosto a dezembro/1990

ZILDO WACH                                               1991/1992

AMAURY DE CAMARGO GUATURA          1993/1994

GILBERTO JOSÉ SALETTI MELCHER      1995/1996

APARECIDO LEONEL IANO                       1997/1998

LUCIANO ZANELLA                                    1999/2000

CLÓVIS DOS SANTOS                                2001/2002

JOSÉ ROGÉRIO LÁZARO                          2003/2004

APARECIDO LEONEL IANO                       2005/2006

LUIZ ALBERTO DA SILVA                          2007/2008

JÚLIO CÉSAR HADDAD                             2009/2010

FÁBIO CARRAVIERI DE ALMEIDA            2011/2012

SEBASTIÃO ASSUNÇÃO                           2013/2014

WAGNER BENTO DA COSTA                    2015/2016

PAULO ROBERTO MENDES                      2017/2018

 

 

Fontes: